RESUMO
EDUCAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO
Nos pequenos grupos humanos e nas sociedades primitivas, a aprendizagem
dos produtos sociais e a educação dos novos membros da comunidade
aconteciam como socialização direta da geração jovem, mediante a
participação cotidiana das crianças nas atividades da vida adulta.
Contudo, a aceleração do desenvolvimento das comunidades humanas, a
complexidade das estruturas, a diversificação de funções e tarefas da
vida nas sociedades, tornaram ineficaz esse processo.
Surgiram, então, ao longo da história diferentes formas de
especialização no processo de educação ou socialização secundária (
tutor, preceptor, academia, escola religiosa, escola laica ...),
chegando aos sistemas de escolarização obrigatória para todas as camadas
da população nas sociedades industriais contemporâneas. Nestas
sociedades a preparação das novas gerações para sua participação no
mundo do trabalho e na vida pública requer a intervenção de instâncias
específicas como a escola, cuja função peculiar é atender e canalizar o
processo de socialização. Esta função da escola aparece puramente
conservadora : garantir a reprodução social e cultural para a
sobrevivência mesma da sociedade.
Outras instâncias primárias de convivência e intercâmbios, como a
família, os grupos sociais, os meios de comunicação exercem de modo
direto a influência
reprodutora da comunidade social. No entanto, a escola, por seus
conteúdos, por suas formas e sistemas de organização, introduz
progressivamente, as idéias, os conhecimentos, as concepções, as
disposições e os modos de conduta que a sociedade adulta requer. Assim, a
contribuição da escola é decisiva e possibilita à sociedade industrial
substituir os mecanismos externos de controle da conduta por disposições
mais ou menos aceitas de autocontrole.
Esta tendência conservadora lógica, choca-se com a tendência, também
lógica, que busca modificar aspectos dessa formação que se mostram
desfavoráveis para alguns indivíduos ou grupos que compõem o complexo e
conflitante contexto social. Para que haja equilíbrio de convivência nas
sociedades, tanto a
conservação quanto a mudança são necessárias, e o mesmo ocorre em relação ao equilíbrio da estrutura social da escola.
CARÁTER PLURAL E COMPLEXO DO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO DA ESCOLA
Dentro deste complexo e dialético processo de socialização que a escola
cumpre nas sociedades contemporâneas é necessário que compreendamos os
objetivos de tal processo, os mecanismos e procedimentos usados para sua
realização.
Todos os autores e correntes da sociologia da educação admitem que ao
menos, desde o surgimento das sociedades industriais, o objetivo básico e
prioritário da socialização dos alunos na escola é prepará-los para sua
futura incorporação no mundo do trabalho (análise dessas posições em
Fernández Enguita, 1990).
Divergências teóricas surgem quanto à definição do que significa
preparação para o mundo do trabalho, como se realiza este processo, que
conseqüências advêm da promoção da igualdade de oportunidades ou da
promoção da reprodução e reafirmação das diferenças sociais de origem
dos indivíduos e grupos.
O segundo objetivo do processo de socialização na escola é a formação do
cidadão para sua intervenção na vida pública, de modo que se possa
manter a dinâmica, o equilíbrio nas instituições e as normas de
convivência.
Para isso, é necessário que a escola assuma as fortes contradições que marcam as sociedades contemporâneas desenvolvidas.
De acordo com F. Enguita, a sociedade é mais ampla que o Estado. Na
esfera política, todas as pessoas têm, em princípio, os mesmos direitos;
na esfera econômica, no entanto, a primazia não é dos direitos da
pessoa mas os da propriedade. Dessa forma a escola defronta-se com
demandas contraditórias no processo de socialização das futuras
gerações. Deve provocar o desenvolvimento de conhecimentos, idéias,
atitudes e comportamentos que permitam a incorporação dos indivíduos no
mundo civil, no âmbito da liberdade de consumo, de escolha e
participação política, da liberdade e responsabilidade da vida familiar.
Por outro lado, deve desenvolver características bem diferentes dessas,
para a incorporação submissa e disciplinada da maioria, no mundo do
trabalho assalariado.
Assim, a escola transmite e consolida o individualismo, a
competitividade, a falta de solidariedade. Assume-se a idéia de que a
escola é igual para todos e de que, portanto, cada um chega onde suas
capacidades e esforços pessoais lhes permitem. Impõe-se a ideologia
aparentemente contraditória do individualismo e do conformismo social.
A estrutura social aparentemente aberta para a mobilidade individual,
oculta a determinação social do desenvolvimento do sujeito como
conseqüência das profundas diferenças de origem que se refletem nas
formas de conhecer, sentir, esperar e atuar dos indivíduos. Este
processo vai minando progressivamente, as possibilidades dos mais
desfavorecidos social e economicamente.
OS MECANISMOS DE SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA
A escola tem sido descrita como um processo de inculcação e
doutrinamento ideológico, feito através da transmissão de idéias e
mensagens, seleção e organização de conteúdos de aprendizagem. Com a
sociologia da educação e a psicologia social ampliou-se o foco dessa
análise, levando-nos a compreender que os processos de socialização que
ocorrem na escola, acontecem também como conseqüência das práticas
sociais que se estabelecem.
Os alunos assimilam idéias e conhecimentos que a eles são transmitidos,
mas também e principalmente os aprendem como conseqüência das diversas
interações sociais que ocorrem na escola e na aula. Além disso, o
conteúdo oficial do currículo, não cala nem estimula os interesses e
preocupações vitais da criança e do adolescente. Eles aprendem esse
conteúdo para passar nos exames e esquecer depois, enquanto que a
aprendizagem dos mecanismos, estratégias, normas e valores de interação
social que lhes possibilitam o êxito pessoal na vida acadêmica e pessoal
do grupo, estendem seu
valor e utilidade além do campo da escola. Esta aprendizagem os induz a
uma forma de ser, pensar e agir em suas relações sociais no mundo do
trabalho e na vida pública.
Os mecanismos da socialização na escola se encontram no tipo de
estrutura de tarefas acadêmicas que se trabalhe na aula e na forma que
adquire a estrutura de relações sociais da escola e da aula – esses
componentes encontram-se mutuamente inter-relacionados, de modo que uma
forma de conceber a atividade escolar requer uma estrutura de relações
sociais compatíveis e convergentes.
Nesse sentido são importantes os seguintes aspectos do desenvolvimento do currículo :
1. A seleção e a organização dos conteúdos do currículo. Concretamente, o
que se escolhe e o que se omite da cultura pública da comunidade e quem
tem o poder de selecionar ou intervir em sua modificação.
2. O modo e o sentido da organização das tarefas acadêmicas, bem como o
grau de participação dos alunos na configuração das formas de trabalho.
3. A ordenação do espaço e do tempo na aula e na escola. A flexibilidade
ou rigidez do cenário, do programa e da seqüência de atividades.
4. As formas e estratégias de valorização da atividade dos alunos. Os
critérios de valorização, assim como a utilização diagnóstica ou
classificatória dos resultados e a própria participação dos interessados
no processo de avaliação.
5. Os mecanismos de distribuição de recompensas como recursos de
motivação extrínseca e a forma e grau de provocar a competitividade ou a
colaboração.
6. Os modos de organizar a participação dos alunos na formulação, no
estabelecimento e no controle das formas e normas de convivência e
interação.
7. O clima de relações sociais presidido pela ideologia do
individualismo e da competitividade ou da colaboração e solidariedade.
Enfim, a análise deve abarcar os fatores que determinam o grau de
participação e domínio dos próprios alunos sobre o processo de trabalho e
os modos de convivência, de maneira que se possa chegar a compreender o
grau de alienação ou autonomia dos estudantes quanto a seus próprios
processos de produção e intercâmbio no âmbito escolar.
CONTRADIÇÕES NO PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO NA ESCOLA
O processo de socialização na escola é complexo e sutil, marcado por
profundas contradições e inevitáveis resistências individuais e grupais.
Consideremos :
1. “A escola é um cenário permanente de conflitos (...). O que acontece
na aula é o resultado de um processo de negociação informal (...) entre o
que o professor/a ou a instituição escolar querem que os alunos/as
façam e o que estes estão dispostos a fazer”. (Fernández Enguita, 1990).
Na aula sempre acontece um processo explícito ou não de negociação.
Ocorrem movimentos de resistências que minam os processos de
aprendizagem pretendidos, provocando, a médio e longo prazo, nos alunos,
os efeitos contrários aos explicitamente pretendidos. Não há o domínio
do professor sobre os intercâmbios latentes. Existem espaços de relativa
autonomia que podem ser utilizados para desequilibrar a evidente
tendência à reprodução conservadora do status quo .
2. A simplificação e especialização do trabalho autônomo nas sociedades
pós-industriais estabelecem para a escola, demandas diferenciadas e
contraditórias na esfera da ocupação econômica.
Uma escola homogênea em sua estrutura, propósitos e formas de funcionar
dificilmente pode provocar o desenvolvimento de idéias, atitudes e
comportamentos tão diferenciados para satisfazer as exigências do mundo
do trabalho assalariado e burocrático (disciplina, submissão,
padronização) e ao mesmo tempo as exigências do âmbito do trabalho
autônomo (iniciativa, risco, diferenciação).
3. Dificuldades da escola em compatibilizar as exigências do mundo do
trabalho com outras exigências da vida social, como a da política, do
consumo, das relações de convivência familiar, nas sociedades
formalmente democráticas. Há uma contradição entre a sociedade que
requer de um lado a participação ativa e responsável de todos cidadãos
considerados por direito como iguais, e essa mesma sociedade que na
esfera econômica induz a maioria da população à submissão e à aceitação
de escandalosas diferenças de fato. Contudo, tanto na sociedade como na
escola, essa contradição é suavizada quando se comprova que na prática,
apenas a aparência de comportamento democrático é requerida. Há um certo
grau de hipocrisia.
Sob a ideologia de igualdade de oportunidades numa escola comum para
todos, se desenvolve decisivamente o processo de classificação, de
exclusão das minorias e da diferenciação para o mundo do trabalho e
participação social. Como bem demonstraram Bernstein, Bandelot e
Establet, Bowles e Gentis, a orientação homogeneizadora da escola
confirma e legitima as diferenças sociais, transformando-as em outras de
caráter individual. As diferenças de origem consagram-se como
diferenças de saída.
Sem uma análise profunda, aceitam-se as aparências de um currículo e
certas formas de organizar a experiência dos alunos como comuns e iguais
para todos, confundindo causas com efeitos e aceitando a classificação
social como conseqüência das diferenças individuais em capacidade e
esforços.
Essa é a forma mais eficaz de socializar as novas gerações na
desigualdade. Deste modo, inclusive os mais desfavorecidos aceitarão e
assumirão a legitimidade das diferenças sociais e econômicas, e a mera
vigência formal das exigências democráticas no âmbito político, assim
como a relevância do individualismo, a concorrência e a falta de
solidariedade.
SOCIALIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO : A FUNÇÃO EDUCATIVA DA ESCOLA
A função educativa da escola ultrapassa a função reprodutora do processo
de socialização, já que se apoia no conhecimento público (ciência,
filosofia, cultura, arte...) para provocar o desenvolvimento do
conhecimento particular de cada um de seus alunos.
A utilização do conhecimento público, da experiência e da reflexão da
comunidade social ao longo da história introduz um instrumento que pode
quebrar o processo reprodutor. Essa vinculação exige da escola e dos que
nela trabalham, que identifiquem e desmascarem seu caráter reprodutor.
Assim, as inevitáveis influências que a comunidade exerce sobre a escola
e o processo de socialização sistemática das novas gerações devem
sofrer a mediação crítica da utilização do conhecimento.
Deve-se analisar na escola a complexidade que o processo de socialização
adquire em cada época, comunidade e grupo social, assim como os
poderosos e diferenciados mecanismos de imposição da ideologia dominante
da igualdade de oportunidades numa sociedade marcada pela
discriminação.
A função educativa da escola na sociedade pós-industrial contemporânea
deve concretizar-se em dois eixos complementares de intervenção:
O desenvolvimento radical da função compensatória
A reconstrução do conhecimento e da experiência
DESENVOLVIMENTO RADICAL DA FUNÇÃO COMPENSATÓRIA
Nas sociedades industriais avançadas, apesar de sua constituição
política formalmente democrática, sobrevive a desigualdade e a
injustiça.
A escola não pode anular tal discriminação, mas pode atenuar, em parte,
os efeitos da desigualdade e preparar cada indivíduo para lutar e se
defender, nas melhores condições
possíveis no cenário social. Só assim, esses indivíduos terão condições
de enfrentar a mobilidade competitiva que aí está. A escola deve, então
propôr uma política radical para compensar as conseqüências individuais
da desigualdade social.
Com este objetivo, deve-se substituir a lógica da homogeneidade pela
lógica da diversidade. Embora seja certo que tanto nos modelos uniformes
quanto nos diversificados pode-se fomentar e reproduzir a desigualdade e
discriminação que existe na sociedade, na maioria dos países
desenvolvidos o perigo de discriminação é mais decisivo nos modelos
uniformes de trabalho acadêmico – homogeneidade de ritmo, estratégias e
experiência para todos os alunos.
A intervenção compensatória da escola deve considerar um modelo didático
flexível e plural que permita atender às diferenças de origem , de modo
que o acesso à cultura pública se acomode às exigências de interesses,
ritmos, motivações e capacidades iniciais dos que se encontram mais
distantes dos códigos e características que se expressa. Sua realização
requer flexibilidade, diversidade e pluralidade metodológica e
organizativa.
A uniformidade no currículo, nos ritmos, métodos e experiências
didáticas favorece os grupos que não necessitam da escola para o
desenvolvimento das habilidades instrumentais que a sociedade requer,
grupos estes que vivenciam em seu ambiente familiar e social uma cultura
parecida àquela que a escola trabalha.
Pelo contrário, para aqueles grupos sociais cuja cultura é bem diferente
da acadêmica da aula, a lógica da homogeneidade não pode senão
consagrar a discriminação de fato, já que possuem códigos de comunicação
e intercâmbio bem diferentes dos que a escola requer.
O desenvolvimento radical da função compensatória requer a lógica da
diversidade pedagógica dentro da escola compreensiva e comum para todos.
A organização da aula e da escola, e a formação profissional do docente
devem garantir o tratamento educativo das diferenças, trabalhando com
cada aluno desde sua situação real.
Cabe, ainda, fomentar a pluralidade de formas de viver, pensar e sentir,
estimular o pluralismo e cultivar a originalidade das diferenças
individuais como a expressão mais genuína da riqueza da comunidade
humana e da tolerância social.
Assim, se concebe a democracia mais como um estilo de vida e uma idéia
moral do que como uma mera forma de governo (Dewey, 1967) onde os
indivíduos, respeitando seus diferentes pontos de vista e projetos
vitais, se esforçam através do debate e da ação política, da
participação e cooperação ativa, para criar e construir um clima de
entendimento e solidariedade.
A RECONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO E DA EXPERIÊNCIA
O segundo objetivo da tarefa educativa da escola obrigatória nas
sociedades industriais, deve ser, provocar e facilitar a reconstrução
dos conhecimentos, atitudes e formas de conduta que os alunos assimilam
direta e acriticamente nas práticas sociais de sua vida anterior e
paralela à escola.
Na sociedade contemporânea, a escola perdeu o papel hegemônico na
transmissão e distribuição da informação. Os meios de comunicação de
massa, e em especial a televisão oferecem de modo atrativo e ao alcance
da maioria dos cidadãos uma abundante bagagem de informações. As
informações variadas que a criança recebe, somadas ao conhecimento de
suas experiências e interações sociais com os componentes de seu meio de
desenvolvimento, vão criando de modo sutil, incipientes concepções
ideológicas que ela utiliza para interpretar a realidade cotidiana e
para tomar decisões no seu modo de intervir e reagir. A criança chega à
escola com abundante capital de informações e com poderosas e acríticas
pré-concepções sobre os diferentes âmbitos da realidade.
Tanto o campo das relações sociais que rodeiam a criança como o dos
meios de comunicação que transmitem informações, valores e concepções
ideológicas, cumprem uma função mais próxima da reprodução da cultura
dominante do que da reelaboração crítica e reflexiva da mesma. Não há
interesse em oferecer elementos para um debate aberto e racional que
permita opções autônomas sobre qualquer aspecto da vida econômica,
política ou social.
Somente a escola pode cumprir esta função. E para desenvolver este
complexo e conflitante objetivo, a escola compreensiva, apoiando-se na
lógica da diversidade
deve começar por diagnosticar as pré-concepções e interesses com que os
indivíduos e os grupos de alunos interpretam a realidade e decidem sua
prática.
Ao mesmo tempo deve oferecer o conhecimento público como ferramenta
inestimável de análise para facilitar que cada aluno questione, compare e
reconstrua suas pré-concepções, seus interesses e atitudes
condicionadas, suas pautas de conduta induzidas por seus intercâmbios e
relações sociais.
Como afirma Bernstein (1987): “A escola deve transformar-se numa
comunidade de vida e, a educação deve ser concebida como uma contínua
reconstrução da experiência.
A escola, ao provocar a reconstrução das preocupações simples, facilita o
processo de aprendizagem permanente, ajuda o indivíduo a compreender
que todo conhecimento ou conduta encontram-se condicionados pelo
contexto e, portanto, precisam ser comparados com outras representações,
assim como com a evolução de si mesmo e do próprio contexto.
Mais que transmitir informação, a função da escola contemporânea deve se
orientar para provocar a organização racional da informação
fragmentária recebida e a reconstrução das pré-concepções acríticas,
formadas pela pressão reprodutora do contexto social, por meio de
mecanismos e meios de comunicação cada dia mais poderosos e de
influência mais sutil.
A exigência de provocar a reconstrução, por parte dos alunos, de seus
conhecimentos, atitudes e modos de atuação requer outra forma de
organizar o espaço, o tempo, as atividades e as relações sociais na aula
e na escola. Possibilitar a vivência de práticas sociais e intercâmbios
acadêmicos que induzam à solidariedade, à colaboração, à experimentação
compartilhada ; que estimulem a busca, a comparação, a crítica, a
iniciativa e a criação, num outro tipo de relação com o conhecimento e a
cultura.
A função crítica da escola, em sua vertente compensatória e em sua
exigência de provocar a reconstrução crítica do pensamento e da ação,
requer a transformação radical de suas práticas pedagógicas e sociais e
das funções e atribuições do professor. O princípio básico que norteia a
escola nesses objetivos e funções é facilitar e estimular a
participação ativa e crítica dos alunos nas diferentes tarefas que se
desenvolvem na aula e que constituem o modo de viver da comunidade
democrática de aprendizagem.