É uma avaliação pedagógica e não punitiva, que vai além da prova clássica, cujo objetivo é contabilizar acertos e erros. Com a avaliação diagnóstica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno. De acordo com a avaliação diagnóstica, o professor precisa localizar num determinado momento, em que etapa do processo de construção/apropriação do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso. Esse diagnóstico, onde se avalia a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno. Esse conceito está desenvolvido , principalmente nas obras de Cipriano Luckesi e se diferencia da Avaliação Mediadora, principalmente por estar mais adequada à concepção critico social dos conteúdos do que ao construtivismo.
7. AVALIAÇÃO DIALÓGICA
Conforme definido por Yves de la Taille, a prova clássica, objetiva contabilizar acertos e erros, enquanto a avaliação dialógica é pedagógica e não punitiva. Com a avaliação dialógica, o professor deve ser capaz de chegar à matriz do erro ou do acerto, interpretando a produção do aluno, para isso, ele precisa localizar,num determinado momento, em que etapa do processo de construção do conhecimento encontra-se o estudante e, em seguida, identificar as intervenções pedagógicas que são necessárias para estimular o seu progresso avaliando a qualidade do erro ou do acerto, permite que o professor possa adequar suas estratégias de ensino às necessidades de cada aluno, dialogando com o processo de ensino-aprendizagem. A idéia de avaliação dialógica surgiu a partir da abolição da repetência no ensino fundamental nas escolas públicas, com a chamada progressão continuada.
8. AVALIAÇÃO INTEGRADORA
Segundo Zabala, a avaliação é um processo, no qual o professor precisa de objetivos claros, saber o que as crianças já conhecem e preparar o que eles devem aprender — tudo em função de suas necessidades (avaliação inicial). O segundo passo é selecionar conteúdos e atividades adequadas àquela turma (avaliação reguladora). Periodicamente, ele deve parar e analisar o que já foi feito, para medir o desempenho dos estudantes (avaliação final). Ao final, todo o processo tem de ser repensado, de forma a mudar os pontos deficientes e aperfeiçoar o ensino e a aprendizagem (avaliação integradora).
9. AVALIAÇÃO MEDIADORA
Jussara Hoffman (Avaliar para Promover, as Setas do Caminho, 2004), na perspectiva de superação das práticas avaliativas positivistas e classificatórias (baseadas em verdades absolutas, critérios objetivos, padronização e estatísticas), que tem como objetivo classificar e selecionar no processo de seriação, provocar atitudes alienadas e reprodutoras, com visão centrada no professor e em medidas padronizadas, em disciplinas fragmentadas na lógica da competição, propõe uma avaliação em favor de uma ação consciente e reflexiva sobre o valor das situações avaliadas e do exercício do diálogo entre os envolvidos. Assim, se confere ao educador uma grande responsabilidade no compromisso com o objeto avaliado e com sua própria aprendizagem – daí a avaliação mediadora, fundada na ação pedagógica reflexiva, com o objetivo explícito de promover melhoria na situação avaliada.
Em se tratando da avaliação da aprendizagem, sua finalidade não é o registro do desempenho escolar, mas a observação contínua das manifestações de aprendizagem para desenvolver ações educativas que visem à promoção, a melhoria das evoluções individuais. A finalidade da avaliação mediadora é subsidiar o professor, como instrumento de acompanhamento do trabalho, e a escola, no processo de melhoria da qualidade de ensino, para que possam compreender os limites e as possibilidades dos alunos e delinear ações que possam favorecer seu desenvolvimento. A finalidade da avaliação é promover a evolução da aprendizagem dos educandos e a promoção da qualidade do trabalho educativo, colocando a avaliação a serviço da aprendizagem, da formação, proporcionando cidadania, mobilizando em busca de sentido e significado da ação, tendo a intenção de acompanhamento permanente de mediação e intervenção pedagógica favorável a aprendizagem, tendo visão dialógica, de negociação, referenciado- se na interdisciplinaridade e na contextualização, respeitando as individualidades, confiando na capacidade de todos, na interação e na socialização do processo avaliativo. Segundo a autora, da mesma forma que o professor media a questão do conhecimento com o aluno a avaliação deveria mediar este processo, para desta forma tornar possível a identificação de problemas na aprendizagem do aluno, bem como no método que o professor emprega para realizá-lo.
10. AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS
A avaliação numa abordagem por competências, segundo Perrenoud, deve verificar não só os conhecimentos mas a capacidade do aluno no enfrentamento de novas situações. Ela deve estar baseada em critérios relacionados com o saber, saber ser e saber fazer, privilegiar a resolução de problemas, pois as tarefas devem ser contextualizadas; estimular a colaboração entre pares; o contrato didático; valorizar os conhecimentos anteriores e os valores dos alunos e verificar o grau de domínio das competências visadas; promover a auto-avaliação e definir de forma clara os critérios para realizá-la.